Pesquisa do Senado apontou que decisões judiciais que afetem o uso de aplicativos não contam com aprovação dos usuários
Frequente nos últimos meses por conta do WhatsApp, o bloqueio de aplicativos de comunicação não conta com a aprovação dos usuários. Além dos comentários negativos nas redes sociais, uma pesquisa do Senado comprovou o que já era esperado. De acordo com o levantamento, 87% dos usuários se mostram contrários a decisões judiciais desse tipo.
Por outro lado, 8% dos usuários dizem ser favoráveis ao bloqueio de aplicativos e 5% não souberam responder. A pesquisa contou com 608.470 respostas de internautas entre 16 de maio e 15 de junho.
Bloqueio de aplicativos de mensagens não conta com a aprovação dos usuários
Foto: Divulgação
A pesquisa, que conta com questões relacionadas à franquia na internet fixa, foi aberta dias depois do bloqueio do WhatsApp por ordem do juiz Marcel Maia Montalvão, da comarca de Lagarto (SE). Na ocasião, Montalvão afirmou que tomou a medida após o aplicativo não colaborar com uma investigação. O juiz determinou que o aplicativo liberasse as mensagens enviadas por suspeitos.
LEIA MAIS: "É incrível que um único juiz possa bloquear serviço de milhões de pessoas"Entretanto, o WhatsApp afirma não armazenar tais informações. Recentemente, o app anunciou a criptografia de ponta a ponta, que impede a interferência de agentes que não estejam realmente na conversa. O recurso já estava em funcionamento, mas em menor proporção.
A mudança foi ativada para usuários das versões mais recentes, sem a necessidade de alterar as configurações ou criar conversas secretas. Segundo o WhatsApp, a criptografia de ponta a ponta não permite que cibercriminosos, hackers, governo ou nem mesmo o WhatsApp tenham acesso à comunicação dos usuários.
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