
Thierry Bolloré alertou que a crise dos chips não iria desaparecer tão cedo, pouco antes de sua saída abrupta como CEO da Jaguar Land Rover, e agora sabemos o quão ruim a situação ficou para a montadora britânica de carros de luxo.
A JLR está reduzindo a produção de veículos em suas fábricas no Reino Unido até março de 2023, enquanto tenta enfrentar a escassez de semicondutores que atingiu a empresa com mais força do que muitos de seus rivais.
A produção do Range Rover Velar e do Jaguar F-Pace na fábrica da empresa em Solihull será reduzida até a próxima primavera, passando de dois turnos para um, permitindo que a empresa se concentre na entrega de seus modelos mais lucrativos, o carro-chefe Range Rover e o novo Range Rover Esporte, de acordo com várias reportagens.
O guardião relata que um turno extra será adicionado para permitir um aumento na produção de painéis de carroceria Range Rover, e o site também afirma que a produção na fábrica da JLR em Halewood, onde os SUVs Evoque e Discovery Sport mais baratos (e menos lucrativos) são construídos, será cair de dois turnos para um. Mas a produção do Defender na fábrica de Nitra da JLR na Eslováquia não foi afetada.
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Muitas montadoras lutaram para garantir um suprimento adequado de semicondutores no ano passado, tendo reduzido seus pedidos anteriormente durante a pandemia de Covid-19. Mas a JLR tem sido particularmente lenta para se recuperar, uma situação ainda mais frustrante pelo fato de ter uma carteira de pedidos incrivelmente saudável de mais de 205.000 carros. A fabricação de automóveis no Reino Unido está funcionando em aproximadamente metade do nível anterior à pandemia, revelam novos números.
Embora a renúncia de Bolloré tenha sido atribuída a “razões pessoais”, o ex-CEO deve ter recebido algumas críticas pesadas dos chefes da empresa controladora Tata pela incapacidade da JLR de lidar com a questão do chip. No entanto, a empresa fez algum progresso em sua busca por uma solução de longo prazo. No mês passado, anunciou um acordo com a Wolfspeed, com sede nos Estados Unidos, para comprar semicondutores de carboneto de silicone que serão usados nos veículos elétricos de próxima geração da empresa a partir de 2024.
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