O australiano se separou da McLaren após o recente Grande Prêmio de Abu Dhabi após duas duras temporadas de Fórmula 1 como piloto da McLaren.
Embora tenha havido um destaque significativo, a vitória de Ricciardo em Monza em 2021, ele foi superado em grande parte pelo companheiro de equipe Lando Norris.
Isso acabou levando ao cancelamento do que deveria ser um contrato de três anos, quando a McLaren mudou-se para substituí-lo pelo também australiano Oscar Piastri em 2023.
Ricciardo falou sobre suas lutas na McLaren nos últimos dois anos no último episódio do podcast In the Fast Lane, da Australian Grand Prix Corporation.
Ele admitiu que analisar demais sua falta de ritmo se tornou um problema e acabou afastando-o de seu estilo de direção natural.
“É algo que eu certamente pensei”, disse ele.
“Sinto que agora que acabou a temporada já deixei pra lá aos poucos. Mas tenho certeza que ainda vou pensar nisso com o tempo, porque é um pouco… não quero digamos um mistério, mas o tipo de luta contínua que tive foi, pelo menos para mim, muito estranho.
“Todos nós temos nossas corridas ruins, mas para ter a quantidade que eu fiz, e o nível que estava às vezes, como um segundo por volta do ritmo, eu coçaria a cabeça.
“Acho que já no ano passado, durante as férias de verão, me ocorreu que eu estava dirigindo muito conscientemente. Não era mais natural. Eu estava um passo atrás.
“Foi aí que eu pensei, ‘Acho que estamos tentando fazer demais’.
“Uma coisa em que continuo pensando é minha primeira qualificação com a McLaren. Eu superei Lando.
“Ainda não conhecia bem o carro. Não sei quantas vezes o superei na qualificação ao longo dos dois anos, mas não foi muito.
Daniel Ricciardo, McLaren MCL36
Foto por: Glenn Dunbar / Motorsport Images
“Ter feito isso quando eu provavelmente estava apenas dirigindo mais por instinto e falta de conhecimento sobre o carro, foi quando provavelmente eu estava melhor.
“Isso não é uma crítica a ninguém nem a nada. É mais como, ok, analisamos demais nossos fins de semana ruins e, em seguida, fomos pegos de uma forma como ‘precisamos começar a dirigir assim ou configurar o carro assim ‘?
“Com certeza, em algum momento, teríamos ido um pouco fundo demais e um pouco perdidos demais.”
Ricciardo parou de culpar sua falta de sucesso inteiramente no nível de análise com a franca admissão de que o carro expôs algumas de suas fraquezas.
“Se não tivéssemos mergulhado tão fundo, eu o teria matado? Ainda não acredito que o teria matado neste carro”, disse ele.
“Certamente expôs algumas das minhas fraquezas. Tenho que aceitar isso.
“Mas eu sinto que provavelmente tivemos um desempenho inferior ao nos enterrarmos muito fundo em tudo às vezes. E isso é uma coisa real. Especialmente agora.
“Os fins de semana de corrida são tão ocupados, tão intensos. Você só tem uma certa quantidade de energia – energia mental, física, o que for.
“Se você está gastando um pouco mais de energia mental tentando analisar demais, quando entrar no carro provavelmente já estará um pouco frito.”
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