A Itália quer que a União Européia ponha freios na proposta da comissão de proibir a venda de veículos com motor de combustão interna. O ministro dos Transportes do país, Matteo Salvini, afirmou que não faz “sentido econômico, ambiental ou social”.
Salvini – que é conhecido por sua postura anti-UE e certa vez descreveu Vladimir Putin como “o melhor político e estadista do mundo” – acha que a agenda da UE não ajuda o meio ambiente, chamando-a de “pseudo-fundamentalismo ambiental”. O político também sugeriu que dezenas de milhares de trabalhadores ficariam desempregados diante da paralisação das vendas.
A Bloomberg relata que Salvini também questionou os planos da UE de introduzir os padrões Euro7 até 2025, que visam reduzir a quantidade de óxido nitroso emitido em mais 25%. É uma noção compartilhada por Carlos Tavares, CEO da Stellantis, que argumentou que a etapa extra desacelerará a mudança do setor para a eletrificação.
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Com os preços da eletricidade atingindo novos máximos e algumas áreas da Europa enfrentando a possibilidade de apagões no inverno, questões estão sendo levantadas sobre a viabilidade a longo prazo de uma mudança total para o transporte EV. A Suíça já está considerando a proibição de VEs se a demanda por energia nos próximos meses não puder ser atendida, já que a possibilidade de uma crise de energia se aproxima.
Enquanto isso, a Itália há muito mostra resistência contra a meta da UE de eliminar gradualmente os veículos ICE. No início deste ano, a Itália fez parte de uma coalizão de países, incluindo Bulgária, Portugal, Romênia e Eslováquia, que propôs adiar a data de parada da venda de veículos movidos a combustíveis fósseis para 2040.
E, em 2021, foi relatado que o país estava em negociações com a UE para isentar os fabricantes de baixo volume do país da proibição do ICE. Salvini também propôs anteriormente que a UE realizasse um referendo sobre a decisão, sugerindo que os trabalhadores da fábrica de Mirafiori deveriam ter uma palavra a dizer antes que a China receba uma vantagem.
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