
Macacos no sul da Tailândia usam pedras para abrir nozes de dendê, quebrando inadvertidamente pedaços de pedra de seus quebra-nozes improvisados. Esses flocos se assemelham a algumas ferramentas de pedra afiadas que se presume terem sido criadas de propósito por hominídeos antigos, dizem os pesquisadores.
Macacos de cauda longa da Tailândia (Macaca fascicularis) produzem fragmentos que podem ser facilmente confundidos com lascas de pedra encontradas anteriormente em 17 locais de hominídeos da África Oriental, datados de cerca de 3,3 milhões a 1,56 milhão de anos atrás, dizem o arqueólogo Tomos Proffitt e seus colegas. A descoberta sugere que hominídeos antigos podem às vezes ter criado os flocos de pedra por acidente enquanto usavam pedras para quebrar nozes, ossos ou outros objetos, relataram os cientistas em 10 de março em Avanços da ciência.
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Pesquisas anteriores já haviam mostrado que macacos-prego manejadores de pedras no Brasil involuntariamente produzem lascas de pedra semelhantes a hominídeos (SN: 19/10/16).
Observações de golpes de rocha por essas duas espécies de macacos minam uma suposição de longa data de que os hominídeos devem ter intencionalmente feito certas lascas de pedra antigas, incluindo alguns dos primeiros exemplos conhecidos de ferramentas, diz Proffitt (SN: 03/06/19). É hora de reavaliar como essas determinações são feitas, afirma.
O grupo de Proffitt identificou 219 lascas de pedra completas e fragmentadas em 40 locais de quebra de nozes de macacos na ilha onde os macacos vivem. A equipe também encontrou rochas com danos consistentes por terem sido usadas como instrumentos de impacto ou plataformas de impacto.

Existem algumas diferenças entre os flocos de pedra dos macacos e dos hominídeos, diz Proffitt, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha. Por exemplo, muitos flocos de macacos exibem danos de espancamento em apenas um lado, contra danos frequentes nos dois lados em artefatos hominídeos.
Essas pistas podem ajudar os arqueólogos a desenvolver diretrizes para estimar se os antigos hominídeos fizeram lascas de pedra de propósito ou por acidente, suspeita Proffitt.
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