A publicação revelou recentemente que ele estava voando de graça com a Qatar Airways enquanto sua equipe negociava um importante acordo de aviação com o estado do Golfo.
Na quarta-feira, foi anunciado que Hololei deixaria o cargo de diretor-geral do departamento de transportes, conhecido em Bruxelas como DG MOVE, para se tornar um conselheiro político sem responsabilidade gerencial na DG INTPA, departamento da Comissão responsável por parcerias internacionais.
Mais tarde, um representante da Comissão confirmou aos repórteres que Hololei mudaria para um novo cargo em 1º de abril.
O próprio Hololei anunciou a mudança de emprego em um e-mail aos funcionários.
“Caros amigos e colegas! Queria avisar que sexta-feira será meu último dia na DG MOVE. Tenho certeza de que você viu a recente cobertura da imprensa sobre minha participação em conferências internacionais. Isso impede a DG MOVE de avançar com as tarefas que são importantes para o sistema de transporte mais seguro, sustentável e inteligente que a Europa merece.”, – escreveu Khololei.
Ele acrescentou que ele mesmo pediu para ser transferido para outro cargo.
Há um mês, o POLÍTICO informou que, de acordo com os materiais da investigação, Hololei voou nove vezes de graça na classe executiva da Qatar Airways entre 2015 e 2021. Os seis voos gratuitos ocorreram como parte do acordo de acesso ao mercado entre a UE e Doha. Outros quatro voos foram pagos pelo governo do Catar ou por um grupo ligado ao Catar.
A informação gerou imediatamente uma enxurrada de críticas, pedidos de investigação e de revisão das regras. A princípio, a comissão insistiu que Hololei não violava nenhuma regra, mas posteriormente decidiu endurecê-las para excluir casos semelhantes no futuro.
Atualmente, uma investigação interna sobre os fatos dos voos está sendo realizada.
O incidente ocorre quando as instituições de Bruxelas lutam para manter sua reputação após um escândalo de corrupção – o chamado “Catargate” – associado a acusações de que os governos do Catar e de outros países estrangeiros pagaram membros do Parlamento Europeu e outros pelo desempenho de suas funções no Parlamento Europeu. A Comissão Europeia e o Conselho da UE não se envolveram no escândalo até agora.
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