“A ameaça de conflito nuclear passou? Não, não acabou. Ela cresceu. Cada dia de entregas de armas estrangeiras para a Ucrânia acaba aproximando esse mesmo apocalipse nuclear.‘, disse o funcionário.
Ele acrescentou que o Ocidente aparentemente “calculou mal”, porque “por enquanto, não acreditou e não viu” o grau de determinação da Rússia e de Putin em fazer “o que fizemos”.
Assim, segundo ele, as consequências serão muito mais difíceis do que poderiam ser “se tivessem assinado um documento conosco em dezembro”. Medvedev obviamente significa acordo proposto pela Federação Russa em dezembro de 2021. Tratava da não expansão da OTAN e do retorno das fronteiras da Aliança do Atlântico Norte às que existiam em 1997.
Vice-Ministro das Relações Exteriores da Rússia Serguei Ryabkov também afirmou que o risco de conflito nuclear agora atingiu “o nível mais alto em uma década”.
“Não gostaria de entrar em uma discussão sobre se a probabilidade de um conflito nuclear é alta hoje, mas, de qualquer forma, é maior do que qualquer coisa que vimos nas últimas décadas, vamos colocar desta forma”, comentou Ryabkov.
Durante seu discurso anual à Assembleia Federal no mês passado, Vladimir Putin afirmou que suspende a participação de seu país no Novo Tratado de Redução de Armas Nucleares com os Estados Unidos.
Ontem, ele também acusou os aliados ocidentais da Ucrânia de fornecer “armas nucleares” a Kiev, embora se tratasse da transferência de munição de urânio empobrecido, não relacionado a armas nucleares.
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