Ele não vaza por causa da gravidade e do campo magnético, que protege a atmosfera dos ventos solares: partículas eletricamente carregadas emitidas pelo Sol, capazes de chutar o gás para longe do planeta.
Mesmo assim, a Terra ainda perde um pouquinho dos elementos mais leves, hidrogênio e hélio. Por dia, 90 toneladas de ar vão embora (temos 5 trilhões, não se preocupe).
Ao longo das eras, o ar mudou de composição por causa da sua interação com os seres vivos. São ciclos: o carbono que hoje forma os carboidratos que você come volta à atmosfera quando você expira gás carbônico.
Há 4 bilhões de anos, só havia CO2, metano e outros gases emitidos por vulcões. As primeiras formas de vida não respiravam oxigênio. Elas usavam outros processos metabólicos.
Há 2 bilhões de anos, os seres fotossintetizantes começaram a captar CO2 e soltar oxigênio, que era tóxico para os micróbios das antigas. Houve uma extinção em massa causada pelo influxo do gás na atmosfera.
Só depois evoluíram seres capazes de usar o oxigênio para queimar açúcar e emitir de volta gás carbônico (o contrário da fotossíntese). Esse é o processo conhecido como respiração celular, realizado por nossas mitocôndrias.
O petróleo consiste em restos mortais de seres vivos marinhos do passado: algas, peixes, plâncton etc. Eles eram compostos de átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio, majoritariamente (o mesmo material de que nós somos compostos, hoje).
Esse material foi gerado, em última instância, pela fotossíntese das plantas, que transformou o carbono da atmosfera em açúcar. Esse açúcar alimentou os animais herbívoros, que, por sua vez, se tornaram comida dos carnívoros.
Quando queimamos petróleo, portanto, estamos devolvendo à atmosfera o gás carbônico que os vegetais pré-históricas tiraram de lá. Note que todos os átomos envolvidos permanecem na Terra. A questão é onde eles estão: na atmosfera ou nos corpos dos seres vivos.
Pergunta de @fernandolopes2015, via instagram
super Interessante
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