Agência Brasil
Em entrevista, o presidente em exercício Michel Temer falou sobre a relação com Dilma, a delação de Machado e também voltou a afirmar que não será candidato à Presidência em 2018

O presidente interino Michel Temer assumiu a Presidência da República no dia 12 de maio
Foto: Beto Barata/PR
Sérgio Machado
Temer voltou a desqualificar as acusações feitas contra ele pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Para o presidente interino, Machado quer "polarizar" com a Presidência da República. O peemedebista ressaltou a importância da Lava Jato e refutou qualquer tentativa de limitar a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal.
Dilma
Sobre a presidenta afastada Dilma Rousseff, Temer disse que sempre manteve uma relação "respeitosa" e sempre "muito cerimoniosa". Sobre o impeachment, Temer negou traição e afirmou que não atuou para a aprovação da admissibilidade da denúncia de crime de responsabilidade. Perguntado porque se manteve na chapa petista depois de quatro anos como "vice decorativo", Temer disse que foram "circunstâncias políticas"
Para Temer, Dilma prefere as questões técnicas do que os relacionamentos políticos, contudo, disse que, ao assumir o poder, encontrou equívocos técnicos e "questões a resolver". O presidente interino ainda criticou a proposta de Dilma de, caso retorne ao poder, seja convocado um plebiscito. "Com o plebiscito está dizendo que deseja voltar, mas que se voltar não poderá governar. [Se] vai voltar para convocar eleições é porque não quer governar".
Sobre a limitação do uso dos aviões da Força Aérea pela presidenta afastada, Temer disse que a decisão pela manutenção das prerrogativas de Dilma após o afastamento se limita ao deslocamento até a cidade natal.
"A senhora presidente tem o Palácio da Alvorada, a Granja do Torto, tem aviões para se locomover para o estado dela. Ela não está no exercício da Presidência, portanto, não tem atividade de natureza governamental. Tive informações de que a senhora presidente utilizaria os aviões para fazer companha contra o golpe. Uma situação, pelo menos, esdruxula", disse Temer.
Eduardo Cunha
O presidente interino negou que o presidente afastado da Câmara tenha influência no governo e tenha sido responsável pela indicação do deputado André Moura (PSC-SE) para liderança do governo na Câmara."O Eduardo Cunha não tem absolutamente nada a ver com isso. Atendi a um pleito de vários partidos e consultei a toda base parlamentar e o nome foi aceito. Montei essa liderança do governo na Câmara, no Senado, com o PSDB".

Presidente afastado da Câmara%2C Eduardo Cunha%2C é réu em inquérito da Operação Lava Jato
Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo - 4.5.16
O presidente interino voltou a dizer que não pretende acabar com o Bolsa Família, mas que o governo tomará medidas para inspecionar as condicionantes obrigatórias para a concessão do benefício. "O que vamos fazer agora é inspecionar se este dever [de matricular as crianças na escola] está sendo cumprido. Só tem sentido dar dinheiro para uma família se ela estiver cumprindo os requisitos".
Para Temer, caso o Senado confirme o impeachment de Dilma, dois anos e meio a frente do país são suficientes para "colocar o país nos trilhos". "Estamos agindo em uma velocidade extraordinária. Em brevíssimo tempo conseguimos aprovar questões importante e, agora, o limite de gasto para União e agora para os estados."
Sobre política externa, o presidente em exercício disse que só fará viagens ao exterior após o desfecho do processo de afastamento e que a sua gestão está "universalizando o Brasil". "O Brasil não pode ter posições por sentimento ideológico."
Em entrevista, o presidente em exercício Michel Temer falou sobre a relação com Dilma, a delação de Machado e também voltou a afirmar que não será candidato à Presidência em 2018
O presidente interino Michel Temer assumiu a Presidência da República no dia 12 de maio
Foto: Beto Barata/PR
Após a queda de três ministros em pouco mais de um          mês de governo, o presidente interino da República, Michel          Temer, disse acreditar que não terá mais desfalques na equipe          ministerial daqui para frente. Em entrevista ao jornalista          Roberto D Ávila, da Globo News, nesta terça-feira (21), Temer          descartou, novamente, a possibilidade de concorrer à reeleição          em 2018 caso seja mantido no poder e que aguardará o desfecho do          processo de impeachment para "pleitear" mudanças conjunturais,          como a reforma da previdência.
"Evidentemente que, depois da decisão do Senado [pelo          impeachment], abre-se um campo muito mais vasto para a          governabilidade. Então, certas questões que neste momento ainda          não deu tempo de tratar, eu tratarei depois, como a questão da          reforma da previdência. Acho que só poderei pleitear uma reforma          da previdência se tiver a efetivação", disse Temer.Sérgio Machado
Temer voltou a desqualificar as acusações feitas contra ele pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Para o presidente interino, Machado quer "polarizar" com a Presidência da República. O peemedebista ressaltou a importância da Lava Jato e refutou qualquer tentativa de limitar a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal.
"Não se deve pensar em paralisar a Lava Jato. Ela          exerce seu papel por meio do Ministério Público, do Poder          Judiciário, da Polícia Federal e deve prosseguir. Primeiro, que          jamais faria isso [paralisar a operação] e, no plano          institucional, é ainda mais grave [essa possibilidade]. Tenho          pregado a independência das ações e dos Poderes". Segundo Temer,          apesar de as delações terem provocado baixas no governo          interino, a força-tarefa da Lava Jato "exerce seu papel".
Doações eleitorais
Na entrevista, o presidente interino defendeu a          aprovação de uma reforma política, que limite o número de          partido e se manifestou favoravelmente à possibilidade de doação          eleitoral de empresas, desde que a contribuição seja limitada a          apenas um partido. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal          (STF) considerou inconstitucional as normas que permitiam a          empresas doar para campanhas eleitorais.
Para Temer, com o desenrolar da Operação Lava Jato          tem havido a "criminalização" das doações eleitorais. "É          provável que algumas tenham sido objeto de atividade ilícita",          ponderou Temer. Mas, para ele, a maior parte das doações ocorre          de maneira legal.
"Não tinha nenhuma objeção às doação de pessoas jurídicas. O          que eu pregava é que se uma empresa resolver apoiar um partido,          ela deve entregar dinheiro para aquele partido, porque quando se          opta por uma candidatura ou partido, é um gesto de opinião. A          empresa diz assim: fulano de tal se comportará melhor em          benefício do país e do meu benefício. Os que não pode é          autorizar a doação para todos os partidos".Dilma
Sobre a presidenta afastada Dilma Rousseff, Temer disse que sempre manteve uma relação "respeitosa" e sempre "muito cerimoniosa". Sobre o impeachment, Temer negou traição e afirmou que não atuou para a aprovação da admissibilidade da denúncia de crime de responsabilidade. Perguntado porque se manteve na chapa petista depois de quatro anos como "vice decorativo", Temer disse que foram "circunstâncias políticas"
Para Temer, Dilma prefere as questões técnicas do que os relacionamentos políticos, contudo, disse que, ao assumir o poder, encontrou equívocos técnicos e "questões a resolver". O presidente interino ainda criticou a proposta de Dilma de, caso retorne ao poder, seja convocado um plebiscito. "Com o plebiscito está dizendo que deseja voltar, mas que se voltar não poderá governar. [Se] vai voltar para convocar eleições é porque não quer governar".
Sobre a limitação do uso dos aviões da Força Aérea pela presidenta afastada, Temer disse que a decisão pela manutenção das prerrogativas de Dilma após o afastamento se limita ao deslocamento até a cidade natal.
"A senhora presidente tem o Palácio da Alvorada, a Granja do Torto, tem aviões para se locomover para o estado dela. Ela não está no exercício da Presidência, portanto, não tem atividade de natureza governamental. Tive informações de que a senhora presidente utilizaria os aviões para fazer companha contra o golpe. Uma situação, pelo menos, esdruxula", disse Temer.
Eduardo Cunha
O presidente interino negou que o presidente afastado da Câmara tenha influência no governo e tenha sido responsável pela indicação do deputado André Moura (PSC-SE) para liderança do governo na Câmara."O Eduardo Cunha não tem absolutamente nada a ver com isso. Atendi a um pleito de vários partidos e consultei a toda base parlamentar e o nome foi aceito. Montei essa liderança do governo na Câmara, no Senado, com o PSDB".
Presidente afastado da Câmara%2C Eduardo Cunha%2C é réu em inquérito da Operação Lava Jato
Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo - 4.5.16
Em relação ao processo de cassação de Cunha, Temer          disse ser importante que a Câmara "defina logo seu destino".          "Apesar das dificuldades institucionais internas, não temos tido          dificuldade de aprovação dos projetos que estão sendo votados          lá, porque conseguimos firmar uma sólida maioria."
Bolsa FamíliaO presidente interino voltou a dizer que não pretende acabar com o Bolsa Família, mas que o governo tomará medidas para inspecionar as condicionantes obrigatórias para a concessão do benefício. "O que vamos fazer agora é inspecionar se este dever [de matricular as crianças na escola] está sendo cumprido. Só tem sentido dar dinheiro para uma família se ela estiver cumprindo os requisitos".
Para Temer, caso o Senado confirme o impeachment de Dilma, dois anos e meio a frente do país são suficientes para "colocar o país nos trilhos". "Estamos agindo em uma velocidade extraordinária. Em brevíssimo tempo conseguimos aprovar questões importante e, agora, o limite de gasto para União e agora para os estados."
Sobre política externa, o presidente em exercício disse que só fará viagens ao exterior após o desfecho do processo de afastamento e que a sua gestão está "universalizando o Brasil". "O Brasil não pode ter posições por sentimento ideológico."
 
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