
A Meta, empresa controladora do Facebook, concordou em pagar US$ 725 milhões para encerrar uma ação coletiva de anos desencadeada por divulgações em 2018 de que a empresa compartilhava dados de usuários com a consultoria Cambridge Analytica que eram usados para publicidade política.
O acordo (que pode ser lido na íntegra aqui, via Reuters) não inclui admissão de irregularidades por parte da Meta e ainda terá que ser aprovado por juízes federais no Distrito Norte da Califórnia, informa CNBC. O documento do acordo afirma que a taxa de US$ 725 milhões é a maior já registrada em um caso de ação coletiva de privacidade de dados, bem como o maior valor que o Facebook já pagou para resolver uma ação coletiva.
O processo foi originalmente motivado pelo escândalo da Cambridge Analytica, no qual foi revelado que o Facebook compartilhou dados de cerca de 87 milhões de usuários (coletados por meio de um aplicativo de teste de personalidade, “This Is Your Digital Life”) com a empresa de consultoria em questão. O escândalo ganhou atenção considerável não apenas pelo que revelou sobre a abordagem negligente do Facebook em relação à privacidade do usuário, mas também por causa do envolvimento da Cambridge Analytica com a campanha presidencial de Donald Trump em 2016. O processo de ação coletiva foi posteriormente expandido para cobrir outras instâncias de compartilhamento de dados de usuários do Facebook com terceiros sem o devido consentimento.
“Este acordo histórico proporcionará um alívio significativo para a classe neste complexo e novo caso de privacidade”, disseram Derek Loeser e Lesley Weaver da Keller Rohrback LLP, o escritório de advocacia que representa os queixosos, em um comunicado à imprensa.
Em resposta à notícia, um porta-voz da Meta disse CNBC: “Buscamos um acordo porque é do melhor interesse de nossa comunidade e acionistas. Nos últimos três anos, renovamos nossa abordagem de privacidade e implementamos um programa abrangente de privacidade.”
O acordo diz que a Meta “mudou significativamente” suas práticas de compartilhamento de dados desde o escândalo de 2018 e não permite mais o acesso de terceiros aos mesmos dados sobre os usuários.
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