
Os comentários de Mevlut Cavusoglu vieram após relatos de exercícios militares gregos nas ilhas de Rodes e Lesbos, no Mar Egeu. As autoridades turcas insistem que o posicionamento de militares ou armas em algumas das ilhas ao largo de sua costa é uma violação de seu status não militar sob o direito internacional.
Atenas diz que precisa proteger as ilhas de um possível ataque turco, citando a presença militar significativa da Turquia na costa oeste turca, oposta às ilhas.
Falando em uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega romeno, Cavusoglu disse que uma nova violação dos tratados levaria a uma discussão sobre sua soberania e forçaria a Turquia a defender seus direitos.
“Não podemos ficar calados”, disse Cavusoglu. “A Grécia deve se afastar dessa violação. Ou o país recua nessa questão e cumpre o acordo, ou faremos o que for preciso. Continuaremos a tomar as medidas necessárias tanto legalmente – no âmbito de organizações internacionais, especialmente a ONU, quanto no terreno”, disse o ministro.
Vista de Atenas
O vice-ministro das Relações Exteriores da Grécia, Miltiadis Varvitsiotis, acusou mais tarde na terça-feira o governo de Ancara de fazer repetidas “declarações provocativas e historicamente ignorantes” e negou ter “intenções agressivas” em relação à Turquia.
“Estamos determinados a defender nossa integridade territorial de todas as maneiras possíveis”, acrescentou.
História do confronto naval com a Grécia e a Turquia
A Turquia e a Grécia, que são membros da OTAN, têm uma história de décadas de disputas sobre uma série de questões, incluindo reivindicações territoriais no Mar Egeu e disputas sobre o espaço aéreo local. Ao longo do último meio século, as disputas chegaram à beira da guerra três vezes.

As tensões sobre os direitos de perfuração exploratória no Mediterrâneo, onde a Grécia e Chipre reivindicam uma zona econômica exclusiva, culminaram em um impasse naval há dois anos.
Cavusoglu disse: “A Grécia não deve esquecer isso. Quem semeia vento colhe turbilhão. Se você não quer paz, faremos o que precisa ser feito.”
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